Não necessariamente escrevo para receber conselhos, nem para suscitar sentimentos de pena etc. Compaixão até pode ser. Empatia também. Mas pena te distancia de mim.
Enfim, não é sobre conceitos. É sobre a luta que tem sido difícil de vencer dessa vez. Uma amiga me perguntou recentemente se eu estava sentindo algo parecido com DPP. A resposta é: quase não. Porque é infinitamente menos intenso e profundo, mas tão, tão parecido nos detalhes. Nos dedos formigando, nos minutos infinitos e angustiantes entre o despertar e o levantar da cama, no medo que uma catástrofe ocorra e mude o curso da minha vida para pior. Estou falando de morte. São pensamentos obsessivos e sem embasamento, mas quando compartilho com alguém, a pessoa sabe do que estou falando (empatia?).
É um infinitésimo parecido com o turbilhão de pensamentos que se esgota na metade do dia, no estar exausta e não conseguir descansar. É pensar na cama durante o dia e tenho palpitações, justo eu, a vassala do travesseiro.
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Estou anotando tudo o que sinto, quando, quanto e por que num aplicativo chamado eMoods.
Recentemente, num dia chuvoso, reportei irritação. Motivo? Pessoas existindo na chuva. Por algum motivo o QI do ser humano cai em dez pontos se estiver chovendo. Algo entre coordenação mão-olho se perde, os guarda-chuvas viram armas. Que perigo, gente. E me incluo no bolo. Meu guarda-chuva é metade do tempo arma, metade escudo. Ou os dois, sei lá. A gente devia era ter aprendido que se molhar faz bem desde a infância. Ou então deveriam proibir guardas-chuvas. Uma arma a menos no mundo, um objeto a menos para esquecer.
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Não, não vim aqui escrever nada especifico. Se estiver esperando aquela conclusão que faz o link com a introdução, hoje não trabalharemos. Vim fazer jus aos meus assinantes, principalmente os pagos. Eu comecei a escrever sem saber o que iria sair. Saiu isso, um post sem pé nem mão, mas com uma cabeça que não para de acelerar, for fuck sake.
E agora vou continuar escrevendo meu livro. Substack é procrastinador premium. Você sabe que não está fazendo exatamente o que deveria, mas se o objetivo é escrever, está fazendo, né? Procrastinação premium. Ou então Lite. Ou PRO-crastinação. Chega. Estão vendo? Uma mente digna de amor, ternura, mas não me venha falar de pena.
(Não resisti e tive que fazer o mais tosco dos links. A chama jornalística ainda vive.)
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Mas o texto não acabou, voltei para dizer que está tudo bem.
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Uma meta: chegar em 100 assinantes até o final do ano. Me ajuda a divulgar?
Beijos e abraços, meus amores.
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